29 de outubro de 2009

Comissões apuram responsabilidades por uso irregular de equipamentos de radioterapia


A CPI do Erro Médico, presidida pelo deputado José Bittencourt (PDT), e a Comissão de Saúde e Higiene, presidida pelo deputado Fausto Figueira (PT), realizaram nesta quarta-feira, 28/10, reunião conjunta para apurar as responsabilidades na utilização de bomba de cobalto com prazo de validade vencido, no tratamento de pacientes com câncer, pelo Hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos e pelo Hospital "Manuel de Abreu", administrado pelo Hospital Estadual de Bauru. Representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), da Vigilância Sanitária do Estado, da Direção Regional de Saúde de Santos e dos hospitais de Santos e Bauru participaram da reunião e foram questionados pelos membros das duas comissões sobre irregularidades apuradas nos equipamentos e nos serviços de radioterapia nessas unidades de tratamento de câncer do Estado de São Paulo. Órgão licenciador A coordenadora geral de licenciamento e controle de instalações radioativas da CNEN, Maria Helena Da Hora Marechal, disse que o órgão federal é responsável pelo licenciamento e controle da aplicação de fontes radioativas também na área médica. Cerca de 200 instalações de equipamentos de radioterapia estão licenciados em todo o país. Segundo Maria Helena, as inspeções são feitas rotineiramente pelo órgão. No caso da Beneficência Portuguesa de Santos, foram feitas inspeções desde 2005 e a autorização para operação do equipamento de radioterapia ficou vencida por algum tempo por falta de solicitação de renovação por parte do hospital. Quando esta renovação foi solicitada, em 2008, a CNEM fez nova inspeção, na qual identificou vários itens de não conformidade, como falta de monitoração individual dos pacientes, falta de monitor de área, ausência de fonte de referência e permanência irregular da fonte de cobalto não-operante nas dependências do hospital. Na ocasião, A CNEN determinou a suspensão dos serviços de radioterapia prestados pela unidade. A Beneficência teria informado ao órgão federal que instalaria novo acelerador. A CNEN exigiu então os projetos e a documentação referente ao plano da nova instalação de radioterapia. Em janeiro de 2009, as respostas apresentadas pelo hospital foram consideradas insatisfatórias. Em junho de 2009, a unidade passou por mudança em sua razão social e informou que recolheria a fonte de cobalto para depósito. Em agosto, saiu nova autorização para operação em face de novo pedido de licença para um novo acelerador. "Quando suspendemos a autorização de funcionamento e soubemos que os equipamentos continuavam sendo utilizados, chamamos a Anvisa para que pudéssemos tomar uma atitude conjunta. Trata-se de uma questão delicada, que envolve a continuidade de tratamento de muitos pacientes. Interromper o serviço sem apresentar uma solução aos usuários pode ser extremamente danoso" ponderou Maria Helena. Quanto ao Hospital Manoel de Abreu, administrado pelo Hospital Estadual de Bauru, a representante do CNEN disse que existe desde 2003 uma autorização para as operações do equipamento de radioterapia, em razão de haver fonte de cobalto adequada `as norams técnicas. Essa autorização para operação tem validade até 2010. Entretanto, segundo Maria Helena, na inspeção realizada em julho de 2008 foi relatado o baixo rendimento da fonte de cobalto e a presença de fonte de césio não-utilizada. Segundo ela, o hospital deve tomar a iniciativa de remover esse material para um depósito autorizado. O chefe da Divisão de Aplicações Médicas e de Pesquisa, Ricardo Fraga Guterres, explicou que a CNEN atua para garantir a proteção radiológica dos pacientes e dos trabalhadores que prestam essa modalidade de serviços. Mas que não está afeto ao órgão a supervisão da qualidade do tratamento de radioterapia nem o rendimento da fonte de cobalto. Esta responsabilidade é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ato normativo da agência nacional estabelece o limite de 50cGy/min (SSD 80cm) para o rendimento mínimo de uma fonte de cobalto para terapia em pacientes. Entretanto, nos casos apurados os equipamentos apresentavam rendimento de até 25,6 cGy/min. Isto implica que, para ter eficácia, o tratamento radioterápico nesses equipamentos exigia que o paciente permanecesse mais tempo exposto a irradiação, imóvel e com riscos de sofrer queimaduras e outras lesões. O deputado Fausto Figueira pediu aos representantes da CNEN uma relação completa dos equipamentos que estão funcionando em não-conformidade no Estado de São Paulo. "Quando o paciente está sendo submetido a tratamento em equipamento com baixo rendimento, ele fica exposto mais tempo a irradiações para compensar a baixa dosagem. Há um alto risco para os pacientes, para os trabalhadores e para toda a população", advertiu. Vigilância Sanitária O diretor substituto do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo disse que os detalhes das ações podem ser melhor conhecidas por meio dos técnicos da vigilância sanitária dos municípios em questão. Segundo a responsável pelos serviços de radioterapia, Marta Aurélia Aldred, o Centro de Vigilância Sanitária oferece orientação técnica as municípios em relação aos equipamentos com fonte de cobalto que apresentam índices de rendimento abaixo de 50 50cGy/min. Já foram desativados 36 desses equipamentos em todo o Estado. "O principal problema é fazer a transferência dos pacientes para outras unidades que oferecem o serviço. Além disso, a interdição e o lacre desses equipamentos não podem ser feitos sem se garantir que o monitoramento das bombas de cobalto tenha continuidade. Por questões de segurança, essas fontes de precisam permanecer sobre monitoração e manutenção." Marta Aldred acrescentou que o Centro de Vigilância está implantando um programa de monitoração que prevê inspeções trimestrais em todos os equipamentos em funcionamento no Estado, com a exigência de relatórios detalhados de seus proprietários. Caso de Bauru A diretora técnica da Direção Regionais de Saúde de Bauru, Dorothi da Conceição Alves Ferreira, disse que tomou conhecimento da situação do Hospital Manoel de Abreu em 13 de abril deste ano. Segundo ela, a Regional decidiu dar o prazo de dois meses para que a unidade se adequasse às exigências técnicas. Diante do não atendimento ao prazo, houve concordância entre a Direção Regional de Saúde e a direção do Hospital Estadual de Bauru, que admistra o unidade de tratamento de câncer, para a desativação dos equipamentos. Em 31 de maio, a Vigilância Sanitária interditou o serviço do hospital de Bauru e 49 pacientes se deslocam para a unidade de tratamento de câncer situada em Jaú, em dias e horários determinados, para dar continuidade aos tratamentos. O diretor executivo do Hospital Estadual de Bauru, Antero Macedo de Miranda, disse que os equipamentos eram utilizados para tratamentos radioterápicos preparatórios para intervenções cirúrgicas. E que exames anatopatológicos indicavam a eficácia dos tratamentos realizados. Ele acrescentou, entretanto, que quando a Vigilância determinou o fechamento dos serviços, a decisão foi aceita. O deputado Pedro Tobias (PSDB), que também é médico especialista em mastologia, disse ter identificado em algumas de suas pacientes queimaduras provocadas pelo tratamento de radioterapia naquela unidade de Bauru. A deputada Beth Sahão (PT) manifestou preocupação quanto a relação entre hospitais e as empresas terceirizadas que operam os serviços de radioterapia. Segundo ela, é lamentável ouvir depoimentos com argumentos de que as práticas que estão sendo feitas são corretas. Caso da Baixada Santista O representante da Direção Regional de Saúde de Santos, João Ricardo Martins Di Renzo, disse que uma relação de documentos emitidos desde 2006 apontaram para inúmeras irregularidades na unidade de tratamento de radioterapia na Beneficência Portuguesa de Santos. "Optamos pela interdição do serviço, em 24 de março. Não houve nenhum obstáculo por parte da administração do hospital e os pacientes foram transferidos para a Santa Casa de Santos". Disse Di Renzo. O diretor clínico da Beneficência Portuguesa de Santos, Pedro Eduardo Daher, explicou que o equipamento de radioterapia pertencente ao hospital era operado por empresa terceirizada, a Unirad. Segundo ele, a direção do hospital nunca recebeu qualquer correspondência dos órgãos fiscalizadores que permitissem tomar ciência das irregularidades. Daher disse que a atual direção do hospital, que assumiu a administração em outubro de 2008, abriu sindicância e apurou que todas as correspondências eram enviadas a Unirad, que tem como sócio o médico Hilario Romanezi Cagnacci. Segundo Daher, a sindicância apurou que Gagnacci teria forjado guias para radioterapia conformacional, tratamento não compatível com o equipamento disponível na unidade hospitalar, e documentos de pacientes que teriam se submetido ao tratamento. O diretor técnico da Beneficência Portuguesa de Santos, Mario Costa, disse que todos os fatos serão rigorosamente apurados, doa a quem doer. A deputada Beth Sahão disse que médico Hilario precisa responder a processo por falsidade ideológica e sofre uma representação formal no Conselho Regional de Medicina. Entretanto, a deputada considera que a Beneficência Portuguesa de Santos tem co-responsabilidade por um serviço que é oferecido dentro de suas instalações, embora estes sejam terceirizados.

Deputado Bittencourt pede criação de Vara de Direito Ambiental


O Deputado José Bittencourt (PDT), através da indicação 981/2008, solicitou a Secretaria da Justiça Paulista, que instalem varas Especializadas de Direito Ambiental no município de São Paulo e outras comarcas.


O pedido justifica-se diante da atual crise ecológica e das demandas existentes no Estado para tratar casos específicos de crime ambiental. Segundo o deputado há uma evolução do direito internacional ambiental que vislumbra a necessidade de um órgão de garantia do meio ambiente como direito fundamental a cada pessoa humana.


“Em Manaus, desde 1997, existe a Vemaga - Vara Ambiental e Agrária, criada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, que preocupa-se primordialmente com a elaboração de acordos para a defesa e recuperação do meio ambiente. Levando resultados positivos ao estado”. Afirmou o deputado José Bittencourt que também é membro efetivo da comissão de meio ambiente. A indicação foi encaminha para a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo, na qual se pronunciou favorável ao pedido. Colocando-se a disposição para verificar através de estudos técnicos a possibilidade da instalação das varas.

27 de outubro de 2009

Deputado Bittencourt pede instalação de AME em Atibaia


O deputado José Bittencourt (PDT), através da indicação parlamentar 2136/2008 pediu providências necessárias a fim de viabilizar a instalação de um AME (Ambulatório Médico de Especialidades), no município de Atibaia.


Segundo o deputado a implantação deste ambulatório, representa o resgate de uma antiga dívida social do Governo Estadual com este Município, pois a dificuldade de acesso da população aos serviços de saúde de média complexidade significa um dos principais problemas da região.

Em resposta a indicação parlamentar, o Secretário da Saúde Luiz Roberto Barradas, afirmou que a secretaria compromete-se a viabilizar estudo técnico na região para verificar a possibilidade da instalação do AME na região.

“O secretário acenou positivamente ao pedido, acreditamos que em breve Atibaia contará com um Ambulatório de Especialidades à altura da cidade.” Falou o deputado Bittencourt.

22 de outubro de 2009

CPI aprova requerimento para averiguar uso de bomba de cobalto em Santos


A CPI criada para investigar denúncias de erros médicos, presidida por José Bittencourt (PDT), realizou reunião nesta terça-feira, 20/10, com a presença dos deputados Milton Flávio e Pedro Tobias (PSDB), Uebe Rezeck (PMDB), Gilmaci dos Santos (PRB) e Fausto Figueira (PT).

Os hospitais da Beneficência Portuguesa, de Santos, e o Estadual Manuel de Abreu, de Bauru, foram alvo de requerimento que objetiva a averiguação do uso correto da bomba de cobalto. Os hospitais vinham utilizando o aparelho com as pastilhas atômicas vencidas, causando aos pacientes prejuízos como queimaduras e problemas clínicos desastrosos. O uso desses aparelhos está suspenso.

O requerimento aprovado faz com que sejam convidados para depor na comissão os diretores clínicos dos hospitais citados, representantes da Vigilância Sanitária e da Comissão Nacional de Energia Nuclear. A oitiva será feita, às 11h, no dia 28/10.
Os deputados ouviram ainda os depoimentos de Urbano Luiz Fonseca, diretor presidente da Clínica Vistamed, e de Maria Oneide Vaz da Silva, vítima de erro médico.

O depoimento de Fonseca, médico oftalmologista, teve o objetivo de esclarecer caso em que ele foi responsável por cirurgia de implante de córnea que, segundo ele, foi realizada acidentalmente no olho errado. O médico ressaltou que já realizou com êxito mais de três mil cirurgias semelhantes e que "lamenta o ocorrido". Há um processo civil contra ele e o diretor da clínica espera poder compensar o paciente "por uma questão moral".

O deputado Milton Flávio, que também é médico, estranhou a justificativa de que o acidente tenha ocorrido por falta de marcação de consulta pré-cirúrgica do olho que seria operado, e de que o paciente, anestesiado, não pode ajudar na identificação do olho a ser operado. O parlamentar afirmou: "o paciente estava anestesiado, mas o médico não!"

O segundo depoimento, de Maria Oneide Oliveira, trouxe o caso de sua irmã Maria das Graças Silva, que teria sido operada e passado por tratamentos de quimio e radioterapia indevidamente e acabou morrendo em consequência desses procedimentos inadequados. Oliveira entregou ao relator da CPI, Uebe Rezeck, o dossiê do caso, que será examinado pela comissão.

A procuradoria da Assembleia Legislativa enviou à CPI os pareceres 358/09 e 359/09, que consideram respectivamente os casos de Emília Faria Souza e de Maria das Graças Silva "particulares", os quais a CPI não deve investigar. Porém, a decisão de investigar ou não os casos deve ser tomada pela própria CPI.

O presidente da CPI e os deputados Pedro Tobias e Uebe Rezeck visitarão o Hospital Estadual de Bauru para verificar as irregularidades.

7 de outubro de 2009

5 de outubro de 2009

Deputado marca Presença na convenção estadual do PDT



No ultimo sábado dia (03/10) o Deputado José Bittencourt participou da Convenção estadual do PDT, para eleição do novo diretório do partido. Na ocasião estavam presentes os principais líderes do partido: o deputado Federal Paulinho da força, O Ministro Carlos Lupi, O deputado federal João Dado, além da presença dos ilustres Ronaldo e Dinei (ex- jogadores do Corinthians) e do Marco Brasil (Locutor de Rodeio).
O Deputado Bittencourt foi um dos destaques da convenção que contou com a presença de mais de mil pedetistas. Representando a Alta Paulista o deputado salientou a importância desta união para o partido. “É imprescindível estarmos unidos em torno de idéias e diretrizes que possam conduzir o partido em temas importantes de nosso estado.” Falou o deputado.